A ausência de abordagens sobre masturbação nas igrejas
evangélicas motivou o pastor Silas Malafaia, que é psicólogo, a escrever um
artigo sobre o assunto.
Para
o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, “abordar o tema masturbação à
luz da Palavra de Deus não é algo simples”.
Segundo
ele, o fato de “pastores, líderes e pais fugirem desta responsabilidade, não
discutindo o assunto por medo, tabu ou falta de informação, o conflito na mente
de muitos jovens persiste”.
Citando
as passagens bíblicas de Gênesis 2:24 e 38:6-8; Romanos 6:12; 1 Coríntios 6:12;
e 1 Tessalonicenses 4:3-5, Malafaia é enfático ao afirmar que a masturbação é
pecado.
“O
ato pelo qual alguém exercita sua sexualidade solitariamente, proporcionando a
si mesmo o orgasmo, é uma prática contrária ao projeto de Deus para a vida do
ser humano”, afirma o pastor, que complementa: “Além disso, alguém consegue
masturbar-se sem imaginar um ato sexual, sem ter fantasias eróticas e sem
deixar-se dominar pela lascívia ou pela luxúria? Após ceder à masturbação, a
pessoa consegue ficar isenta da vergonha e da culpa?”.
O
pastor estende a definição a outros casos: “Em suma, não apenas a masturbação,
mas qualquer prática sexual sem o compromisso do casamento entre um homem e uma
mulher está fora do projeto de Deus, é pecaminosa e traz consequências funestas
para o ser humano”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Masturbação
é ou não uma prática pecaminosa?”, publicado pelo pastor Silas
Malafaia em seu site:
Abordar o tema masturbação
à luz da Palavra de Deus não é algo simples. E, por pastores, líderes e pais
fugirem desta responsabilidade, não discutindo o assunto por medo, tabu ou
falta de informação, o conflito na mente de muitos jovens persiste.
A consequência disso é que
alguns desses jovens, desinformados, poderão adotar tal prática, sucumbindo à
culpa neurótica ou refugiando-se na educação secular e em padrões mundanos, que
contrariam os princípios que Deus estabeleceu para o desenvolvimento sadio e equilibrado
do ser humano. Isso traz sérios problemas à vida espiritual, psíquica e
emocional.
A masturbação é uma prática
pecaminosa à luz da Palavra de Deus. E, talvez a maior dificuldade de alguns
para lidar com a questão seja a inegável realidade da explosão hormonal na
puberdade e o fato de a Bíblia não proibir explicitamente esta prática — o que
não nos impede de deliberar sobre o assunto, com base em textos mais genéricos,
como os que estão em Gênesis 2.24, 38.6-8, Romanos 6.12, 1 Coríntios 6.12 e 1 Tessalonicenses
4.3-5.
Em Gênesis 2.24, somos
informados de que Deus criou o homem e a mulher. Eles foram criados com órgãos
genitais distintos e a libido, o desejo de união sexual, a fim de saciarem os
seus desejos mais íntimos de companhia, de intimidade e de afetividade —
necessidades que só são plenamente satisfeitas a partir do casamento, da união
legal entre um homem e uma mulher que deixaram afetiva, econômica e
geograficamente os pais, ou seja, que atingiram a maturidade. Sendo assim, o
ato pelo qual alguém exercita sua sexualidade solitariamente, proporcionando a
si mesmo o orgasmo, é uma prática contrária ao projeto de Deus para a vida do
ser humano.
Além disso, alguém consegue
masturbar-se sem imaginar um ato sexual, sem ter fantasias eróticas e sem deixar-se
dominar pela lascívia ou pela luxúria? Após ceder à masturbação, a pessoa
consegue ficar isenta da vergonha e da culpa?
Em Gênesis 38.6-8,
encontramos o caso de Onã, que, agindo de maneira egoísta, tinha relação sexual
com a esposa, mas derramava o sêmen na terra. Era uma masturbação disfarçada.
Por isso, outro nome que dão à masturbação é onanismo.
Deus dotou o ser humano com
um código moral, e toda vez que o infringimos há tristeza, dor, culpa, porque o
salário do pecado é a morte (Romanos 6.23). E quando uma pessoa é subjugada por
algo, ainda que seja um desejo legítimo, ela se torna escrava (2 Pedro 2.19).
Daí a recomendação de Paulo em Romanos 6.12: Não reine, portanto, o pecado em
vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências. A conclusão
do apóstolo é salutar: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma (1 Coríntios 6.12).
Em suma, não apenas a
masturbação, mas qualquer prática sexual sem o compromisso do casamento entre
um homem e uma mulher está fora do projeto de Deus, é pecaminosa e traz
consequências funestas para o ser humano.
Sugestões de leitura: Lucas
19.10; Gálatas 5.16,24; Colossenses 3.5; 1 João 2.17
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